IV SIMPÓSIO DE RECURSOS HIDRÍCOS
NOSSAS MATAS, NOSSOS RIOS
A desafiante gestão mundial das águas traz ao Brasil em 2018 o 8º Fórum Internacional da Água, envolvendo lideranças de 172 países que retomam pautas que foram propostas na ECO 92 e reafirmadas na Rio +20. Dentre os vários objetivos propostos, a “Água e Saneamento Básico” da Agenda 2030 destaca-se por trazer a urgência de políticas públicas eficazes para o acesso a água.
Há oito anos, se inicia na Zona da Mata e Vale do Guaporé a busca por um diálogo hídrico inclusivo através de atores representativos desses territórios na ideologia de que a todos devem ser inseridos no diálogo em uma bacia hidrográfica, independente do papel que ocupam na bacia. Esse diálogo é construído por meio de uma série de Simpósios Hídricos que possuem como objetivo norteador instrumentalizar, com os saberes da legislação hídrica, as experiências vivenciadas, as novas diretrizes e a realidade inquietante que vivenciamos e nos afasta, cada vez mais, dos rios.
Em 2018 é implantado o Comitê do Rio Branco e Colorado, uma unidade de gestão que, além dos atores recomendado pela Lei 9.433/97, usando a prorrogativa da própria lei, que oportuniza pensar uma bacia a partir de sua realidade, é inserido o IV setor. Este novo setor trata-se da Comunidade indígena e tradicional como seguimento ao direito de representatividade direta e assim, essa unidade de gestão ganha voz inclusiva e uma riqueza de percepção sobre a realidade que se tem e aquela almejada em curto, médio e longo prazo.
Como todo bom diálogo, o hídrico também se expandiu e alcançou novas delimitações territoriais em escala regional, nacional e internacional, ampliando a cada ano o numero de participantes representativos de distintos seguimentos social e governamental. Diante do compromisso, a seriedade se amplia e aumenta-se também os co-preponentes do Simpósio, com o objetivo de unir forças e responsabilidades em um dialogo que jamais poderia ficar preso a um único grupo, pois pertence tanto em direito quanto em deveres a todos que estão vinculados a temática. Neste quesito é salutar evidenciar o papel do Laboratório de Aguas da Universidade Federal de Rondônia, campus de Rolim de Moura, na fomentação da pesquisa e ampliação de percepções sobre a realidade de aguas subterrâneas e superficiais e os indicadores de impactos imediatos sobre a mesma, como o elevado índice de desmatamento que desencadeia outros processos como a erosão e o assoreamento de nossos rios.
Em 2018 são os Rios que ganham protagonismo nesse dialogo, os guardiões das águas, a grande e inquestionável testemunha de uso e ocupação de uma bacia, a obra áudio visual “O grito da Esperança de um Rio Prisioneiro” junto a várias pesquisas desenvolvidas na região, se converte em mais indicadores que novos olhares precisam brotar para uma proposta eficiente de Gestão de Recursos Hídricos em Rondônia.
O tempo ensina, traz a reflexão necessária para identificar lacunas e propor novas diretrizes, reforçando Agenda 2030 em seus objetivos de “Água e Saneamento Básico” e “Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade ”(ONU, 2015). Diante disso, o IV Simpósio de Recursos Hídricos nasce após 8 anos de diálogos hídricos multi e interdisciplinares, unido a aprendizagem vivenciada com os povos da/na Amazônia e opta por uma metodologia de OUVIR e analisar o contexto do diálogo, oportunizando que o pilar do Simpósio atenda os olhares multi e interdisciplinares, as vozes da Amazônia e as Ações de ONGs que lutam por uma Amazônia em que todos tenham direito a sustentabilidade hídrica.
A equipe organizadora os convida para fazer parte desse espaço de descobertas e integrações de saberes se inserindo dentro de um dos eixos temáticos, buscando instrumentos, reflexões e oportunizando politicas publicas pautada na ciência e nos saberes vivenciados de todos que estão inseridos nesse processo.
Eixo 1: Gestão de Recursos Hídricos;
Eixo 2: Conflitos por recursos naturais, relação sociedade e natureza: problemas ambientais no campo e na cidade;
Eixo 3: Teoria e métodos de pesquisa em Recursos Hídricos;
Eixo 4: Percepção Ambiental e sustentabilidade: Diálogos entre os povos da (na) Amazônia;
Eixo 5: Educação Ambiental: Ações governamental, ONGs, educacional em bacias hidrográficas;
Eixo 6: Uso e Reuso da Água.
Fonte: Comissão Organizadora